domingo, 28 de outubro de 2012

Linguagem (;


Escola Estadual Adventor Divino de Almeida Alunos: Ana Carolina, Mayara Oliveira, Bruna Amaro, Larissa Leite, Marcos Welliton, Charles Lima.

Números: 01, 30, 03, 18, 24, 04.Série: 1°BProfessora: Vanja

žO que é linguagem?
ž
- É um instrumento que nos permite pensar e comunicar o pensamento, estabelecer diálogos com nossos semelhantes e dar sentido é realidade que nos cerca.

Quando falamos sobre linguagem, a primeira que vem na cabeça é a linguagem verbal (oral e escrita).

- Por meio da linguagem, nomeamos objetos, formamos conceitos e articulamos nosso pensamento sobre o mundo, tanto o mundo subjetivo de sentimentos e desejos quanto o mundo objeto exterior a nós. 

žEstrutura da linguagem
Toda linguagem é um sistema de signos.

- Segundo a definição do filósofo Charles Sanders, é uma coisa que está no lugar de outra sob algum motivo.

Ex: O choro de uma criança pode estar no lugar do aviso de desconforto, de fome, de frio ou de dor.
- O choro pode ser signo de todas essas coisas e, para decifrá-lo adequadamente, precisamos saber o contexto em que ele ocorre e ter familiaridade com a criança.
- Os números e as palavras também são signos, isto é, estão no lugar das quantidades reais de objetos ou do próprio objeto.

Ex: “ há quatro assaltantes aí fora”.

- Conforme o contexto, a afirmação pode funcionar como simples constatação de um fato. (Está acontecendo um assalto, mas fiquem calmos.) ou aviso de perigo (chamem a polícia! Corram! Escondam-se!). Na esperança de que algo possa ser feito para resolver o problema.
žTipos de signo
- Representação: o signo está no lugar do objeto, substituindo.  Um objeto pode ser representado de várias maneiras, dependendo da relação que existe entre ele e o signo.
Ex: uma vaca pode ser representada por uma fotografia, por um desenho, pela palavra “vaca”, pelo som de seu canto (múúú)
Semelhança:  temos um signo do tipo ícone. O desenho de vaca é um ícone quando apresenta semelhança com ela, a representação da vaca por meio de seu canto também é um ícone, pois tem uma semelhança sonora com o canto.
- Causa e efeito: uma relação que afeta a existência do objeto ou é por ela afetada, temos um signo do tipo índice.
Ex: a chuva pode ser representada pelo signo indical nuvem (causa da chuva) ou chão molhado (consequência da chuva).

TODOS OS SIGNOS INDICAM O OBJETO REPRESENTADO.
-Arbitrária: regida simplesmente por convenção, temos o símbolo.
Ex: O preto é símbolo de luto, o desenho de um coração simboliza amor, amizade...
- Esses signos são aceitos pela sociedade por convenção, hábito ou tradição.

žOutros elementos da linguagem

- Precisamente por ser um sistema de signos, toda linguagem possui um repertório (uma relação de signos que a compõem.)

- O repertório é muito pequeno (plano, linha e ponto).

- As linhas podem ter diversas qualidades: serem quebradas ou contínuas, retas ou curvas, grossas ou finas.
- A superfície  pode ser plana ou não, e seu próprio relevo pode produzir efeitos no desenho.
- Com esses três elementos (superfície, linha e ponto), é possível fazer qualquer desenho, seja técnico ou artístico.
- O repertório das linguagens verbais, é bastante amplo e costuma ser relacionado em dicionários.
- Precisam de repertório e regras de combinação dos signos.
- Na linguagem do desenho, plano, linha e ponto podem ser usados como o desenhista quiser.
- Já na linguagem verbal, do ponto de vista semântico, não podemos combinar signos que tenham sentidos opostos.
- A linguagem  deve estabelecer as regras de uso dos signos. Quando devemos usar o pronome tu e vós?
- Só quando conhecemos a repertório de signos, as regras de combinação e as regras de uso desses signos é que podemos dizer que dominamos uma linguagem.

žA construção da significação

- O signo tem mais de um significado, uma vez que seu uso foi sendo modificado ou ampliado em tempos e lugares diferentes.
Ex: a palavra “manga” pode significar

1. Parte do vestuário que recobre o braço.
2. Fruta tropical com determinadas características.
- Portanto, só podemos saber com qual significado o signo está
sendo usado a partir da frase, que oferece o primeiro contexto
da comunicação.

- Não basta ter o domínio do código para interpretar
corretamente os signos e as mensagens. É preciso ter
conhecimento das situações sociais, isto é, da cultura na
linguagem é utilizada e a comunicação ocorre.















quarta-feira, 7 de março de 2012

Sociologia

· A sociologia é necessária para a compreensão da sociedade em que vivemos? Porque?

Sim, ela estuda o homem sem sociedade, então ela ajuda a entender o homem e a sociedade.

· No seu entendimento, a sociologia pode contribuir para que haja mais liberdade de pensamento e de ação?

Sim,é exatamente para isso que estudamos sociologia.A Sociologia é uma das ciências humanas que estuda as unidades que formam a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado pela psicologia, a Sociologia tem uma base teórico-metodológica, que serve para estudar os fenômenossociais, tentando explicá-los, analisando os homens em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Advérbios

Escola Estadual Adventor Divino de Almeida.
Aluna:Ana Carolina n°:03 Série:9°B


Advérbios


CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS:

Os advérbios, conforme seu uso e significado, são geralmente classificados em:

ADVÉRBIO
DE
AFIRMAÇÃO
certainly, certamente
evidently, evidentemente
indeed, sem dúvida
obviously, obviamente
yes, sim
surely, certamente
indubitably, indubitavelmente
etc...
ADVÉRBIO
DE
DÚVIDA
maybe, possivelmente
perchance, porventura
perhaps, talvez
possibly, possivelmente
etc...
ADVÉRBIO
DE
FREQÜÊNCIA
daily, diariamente
monthly, mensalmente
occasionally, de quando em quando
often, freqüentemente
yearly, anualmente
rarely, raramente
weekly, semanalmente
etc...
ADVÉRBIO
DE
INTENSIDADE
completely, completamente
enough, bastante
entirely, inteiramente
much, muito
nearly, quase
pretty, bastante
wholly, inteiramente
quite, completamente
rather,bastante
slightly, ligeiramente
equally, igualmente
exactly, exatamente
greatly, grandemente
very, muito
sufficiently, suficientemente
throughly, completamente
too, demasiadamente
largely, grandemente
little, pouco
merely, meramente
utterly, totalmente
ADVÉRBIO
DE
LUGAR
above, em cima
anywhere, em qualquer parte
around, em redor
below, abaixo
evrywhere, em toda a parte
far, longe
here, aqui
hither, para cá
near, perto
nowhere,em parte alguma
there, lá
thither, para lá
where, onde
younder, além
ADVÉRBIO
DE
MODO
actively, ativamente
amiss, erroneamente
badly, mal
boldly, audaciosamente
faithfully, fielmente
fast, rapidamente
fiercely, ferozmente
gladly, alegremente
ill, mal
puposely, intencionalmente
quickly, rapidamente
simply, simplesmente
steadily, firmemente
truly,verdadeiramente
well, bem

ADVÉRBIO
DE
NEGAÇÃO

no, not, não

ADVÉRBIO
DE
ORDEM

firstly, primeiramente
secondly, em segundo lugar
thirdly, em terceiro lugar
ADVÉRBIO
DE
TEMPO
already, já
always, sempre
early, cedo
formerly, outrora
hereafter, doravante
immediately, imediatamente
late, tarde
lately, ultimamente
never, nunca
now, agora
presently, dentro em pouco
shortly, em breve
soon, brevemente
still, ainda
then, então
today, hoje
tomorrow, amanhã
when, quando
yesterday, ontem
ADVÉRBIO
INTERROGATIVOS
how, como
when, quando
where, onde
why, por que





quinta-feira, 2 de junho de 2011

Danças folcloricas do centro oeste e Mato Grosso do Sul

Dança Folclórica Centro Oeste

As danças folclóricas do Centro-Oeste são movimentadas e animam quase todas as festas religiosas e cívicas locais. Os participantes usam roupas de cores berrantes e alegres. Conheça algumas dessas manifestações:

Cavalhada
É uma representação da batalha entre mouros e cristãos durante a invasão da Península Ibérica. Com a vitória dos cristãos, os mouros acabam convertidos.

A festa relembra o domínio do cristianismo na região hoje formada por Portugal e Espanha. Em Goiás, a mais famosa ocorre em Pirenópolis.

Mato Grosso do Sul
Cururu
É uma dança folclórica regional típica da região Centro-Oeste (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), mas originária de São Paulo. Também pode ser somente cantada, com dois violeiros a disputar versos e repentes.
No Centro-Oeste é típica das festas dos santos padroeiros, principalmente do Divino Espírito Santo e de São Benedito.
História
Há várias hipóteses para a origem do cururu. Alguns pesquisadores afirmam que é uma dança de origem tupi-guarani, de função ritualística. Outros a consideram uma dança que recebeu igual influência do misticismo indígena, dos ofícios jesuítas e dos negros africanos. Inicialmente como dança de roda e usada pelos jesuítas na catequese, foi evoluindo para dança de festa religiosa e atualmente pode ser só cantada, em versos e desafios.
O cururu só ficou nacionalmente conhecido quando foi levado como espetáculo ao público, por Cornélio Pires, em 1910. Hoje, como outras tradições folclóricas, está deixando de ser passada para as novas gerações.
A origem do nome também é controversa. Há duas teorias: uma, que diz que vem de "caruru", uma planta que era cozida com o feijão servido antes do início das orações e da dança; e outra que remete a origem ao sapo-cururu.
Características
Atualmente, no Centro-Oeste ainda é dançada nas festas do Divino e de São Benedito. Em São Paulo, ela é mais um desafio de violeiros. São usados a viola-de-cocho, o reco-reco e o ganzá. Nos desafios, cada violeiro desafia o outro, como um repentista. O tempo é marcado pela viola e pelo público, que acompanha cada verso e resposta.

Nas festas religiosas o cururu é cantado e dançado somente pelos homens. O ponto alto da apresentação é o momento em que o Divino "pousa", quando o cururueiro (ou canturião) canda e saúda a sua chegada. Nesse momento ele deve mostrar sua habilidade em citar versos bíblicos e a partir deles criar histórias cujo rumo ele determinará, como uma narrativa. Entretanto, hoje os temas são mais livres, podendo incluir conteúdo político, social e até esportivo.

Siriri
É uma dança folclórica da região Centro-Oeste do Brasil (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), e faz parte das festas tradicionais e festejos religiosos.

A dança lembra as brincadeiras indígenas, com ritmo e expressão hispano-lusitana. Pode ser comparado com o fandango do litoral brasileiro. A música fala das coisas da vida de forma simples e alegre. Como instrumentos musicais, acompanham a viola de cocho, o cracacha (ganzá) e o mocho ou tamboril. A origem do termo siriri é incerta. Para alguns estudiosos vem da palavra otiriri, que designa um entremez do século XVIII, em Portugal. Outros acreditam expressar um tipo de cupins de asas. A expressão corporal e a coreografia transmitem o respeito e o culto à amizade, por isso é conhecido como dança mensagem. É praticada por crianças, homens e mulheres especialmente nos seguintes lugares:

Mato Grosso: nas cidades e na zona rural da baixada cuiabana (caracterizada por 13 municípios: Cuiabá, Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço, Acorizal, Rosário Oeste, Barra do Bugres, Jangada, Nobres, Chapada dos Guimarães e Nova Brasilândia), além do Pantanal norte.

Mato Grosso do Sul: cidades do Pantanal Sul: Corumbá, Aquidauana e Miranda.

Rasqueado

A definição de rasqueado, segundo o dicionário, é: “arrastar as unhas ou um só polegar sobre as cordas sem as pontear.”

Em Mato Grosso, o Rasqueado Cuiabano traz em sua história o final da Guerra do Paraguai quando prisioneiros e refugiados não retornaram ao seu país, integrando-se com as populações ribeirinhas, especialmente da margem direita do rio Cuiabá, onde hoje está a cidade de Várzea Grande. Esta integração influenciou costumes, linguajar e principalmente danças folclóricas, como por exemplo à polca paraguaia e o siriri mato-grossense. Da fusão das duas nasceu o pré-rasqueado, que se limitou aos acordes do siriri e cururu, devido ao seu desenvolvimento na viola-de-cocho, recebendo outros nomes como liso, crespo, rebuça-e-tchuça, para mais tarde participar de festas juninas, carnaval ou qualquer manifestação dos ribeirinhos.

Com a proclamação da república os senhores de classe, precisando se aproximar do povo ribeirinho, tornaram o rasqueado um ritmo popular e de gosto geral, levando-o para praças e mais tarde para os salões de festa. Ainda foi discriminado nos saraus e rodas de poesia dos intelectuais, até que a juventude dos anos 20 e 30 trouxe para esses ambientes.

quarta-feira, 4 de maio de 2011








A tabela periódica consiste num ordenamento dos elementos conhecidos de acordo com as suas propriedades físicas e químicas, em que os elementos que apresentam as propriedades semelhantes são dispostos em colunas. Este ordenamento foi proposto pelo químico russo Dmitri Mendeleiev , substituindo o ordenamento pela massa atômica. Ele publicou a tabela periódica em seu livro Princípios da Química em 1869, época em que eram conhecidos apenas cerca de 60 elementos químicos.

Em 1789, Antoine Lavoisier publicou uma lista de 33 elementos químicos. Embora Lavoisier tenha agrupado os elementos em gáses, metais, não-metais e terras, os químicos passaram o século seguinte à procura de um esquema de construção mais precisa. Em 1829, Johann Wolfgang Döbereiner observou que muitos dos elementos poderiam ser agrupados em tríades (grupos de três) com base em suas propriedades químicas. Lítio, sódio e potássio, por exemplo, foram agrupados como sendo metais suaves e reativos. Döbereiner observou também que, quando organizados por peso atômico, o segundo membro de cada tríade tinha aproximadamente a média do primeiro e do terceiro.Isso ficou conhecido como a lei das tríades.[carece de fontes? O químico alemão Leopold Gmelin trabalhou com esse sistema e por volta de 1843 ele tinha identificado dez tríades, três grupos de quatro, e um grupo de cinco. Jean Baptiste Dumas publicou um trabalho em 1857 descrevendo as relações entre os diversos grupos de metais. Embora houvesse diversos químicos capazes de identificar relações entre pequenos grupos de elementos, não havia ainda um esquema capaz de abranger todos eles.

O químico alemão August Kekulé havia observado em 1858 que o carbono tem uma tendência de ligar-se a outros elementos em uma proporção de um para quatro. O metano, por exemplo, tem um átomo de carbono e quatro átomos de hidrogênio. Este conceito tornou-se conhecido como valência. Em 1864, o também químico alemão Julius Lothar Meyer publicou uma tabela com os 49 elementos conhecidos organizados pela valência. A tabela revelava que os elementos com propriedades semelhantes frequentemente partilhavam a mesma valência.

O químico inglês John Newlands publicou uma série de trabalhos em 1864 e 1865 que descreviam sua tentativa de classificar os elementos: quando listados em ordem crescente de peso atômico, semelhantes propriedades físicas e químicas retornavam em intervalos de oito, que ele comparou a oitavas de músicas.Esta lei das oitavas, no entanto, foi ridicularizada por seus contemporâneos.


Retrato de Dmitri Mendeleiev.O professor de química russo Dmitri Ivanovich Mendeleiev e Julius Lothar Meyer publicaram de forma independente as suas tabelas periódicas em 1869 e 1870, respectivamente. Ambos construíram suas tabelas de forma semelhante: listando os elementos de uma linha ou coluna em ordem de peso atômico e iniciando uma nova linha ou coluna quando as características dos elementos começavam a se repetir. O sucesso da tabela de Mendeleiev surgiu a partir de duas decisões que ele tomou: a primeira foi a de deixar lacunas na tabela quando parecia que o elemento correspondente ainda não tinha sido descoberto. Mendeleiev não fora o primeiro químico a fazê-lo, mas ele deu um passo adiante ao usar as tendências em sua tabela periódica para predizer as propriedades desses elementos em falta, como o gálio e o germânio. A segunda decisão foi ocasionalmente ignorar a ordem sugerida pelos pesos atômicos e alternar elementos adjacentes, tais como o cobalto e o níquel, para melhor classificá-los em famílias químicas. Com o desenvolvimento das teorias de estrutura atômica, tornou-se aparente que Mendeleev tinha, inadvertidamente, listado os elementos por ordem crescente de número atômico.

Com o desenvolvimento da modernas teorias mecânica quânticas de configuração de eletrons dentro de átomos, ficou evidente que cada linha (ou período) na tabela correspondia ao preenchimento de um nível quântico de elétrons. Na tabela original de Mendeleiev, cada período tinha o mesmo comprimento. No entanto, porque os átomos maiores têm sub-níveis, tabelas modernas têm períodos cada vez mais longos na parte de baixo da tabela.

Em 1913, através do trabalho do físico inglês Henry G. J. Moseley, que mediu as frequências de linhas espectrais específicas de raios X de um número de 40 elementos contra a carga do núcleo (Z), pôde-se identificar algumas inversões na ordem correta da tabela periódica, sendo, portanto, o primeiro dos trabalhos experimentais a ratificar o modelo atômico de Bohr. O trabalho de Moseley serviu para dirimir um erro em que a Química se encontrava na época por desconhecimento: até então os elementos eram ordenados pela massa atômica e não pelo número atômico.

Nos anos que se seguiram após a publicação da tabela periódica de Mendeleiev, as lacunas que ele deixou foram preenchidas quando os químicos descobriram mais elementos químicos. O último elemento de ocorrência natural a ser descoberto foi o frâncio (referido por Mendeleiev como eka-césio) em 1939. A tabela periódica também cresceu com a adição de elementos sintéticos e transurânicos. O primeiro elemento transurânico a ser descoberto foi o netúnio, que foi formado pelo bombardeamento de urânio com nêutrons num ciclotron em 1939.





domingo, 6 de março de 2011

Escola EStadual Adventor Divino de Almeida

Campo Grande sai na frente e já possui Lei Anti-Bullying


Pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) neste mês de junho aponta que Campo Grande ocupa o 8º lugar no ranking das capitais brasileiras com maior freqüência de estudantes que declararam ter sofrido bullying alguma vez, apresentando um índice de 31,4%.

Para mudar este quadro, foi criada a Lei Municipal nº 4.854/10 que dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao Bullying escolar, no projeto pedagógico elaborado pelas unidades municipais de ensino. Aprovada no Plenário, a regulamentação foi publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) do dia 17 deste mês.

De autoria dos vereadores Paulo Siufi (PMDB) e Professora Rose (PSDB), a lei tem como objetivo do projeto é reduzir os casos de bullying, que fazem cada vez mais vítimas nas escolas da Capital, por meio da orientação dos estudantes, alertando sobre os riscos desta prática tão nociva as crianças e adolescentes.

De acordo com o IBGE, a população-alvo da pesquisa foi formada por estudantes do 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série) de escolas públicas ou privadas das capitais dos estados e do Distrito Federal.O cadastro de seleção de amostra foi constituído por 6.780 escolas. Conforme o autor do projeto, “Temos de acabar com esse preconceito hediondo que ronda nossas crianças dentro das escolas. É uma prática comum em todas as escolas."

"O bullyng não feito só com pessoas da cor negra, com o obeso, baixinho e assim por diante. Isso é uma falta de respeito com o direito de ir e vir que é constitucional. Todos somos filhos do mesmo pai, temos os mesmos direitos, independente da cor, altura, deficiências, renda salarial”, defendeu Paulo Siufi.
Segundo a vereadora Profª. Rose, a prática do bullying é um problema mundial. “Tive várias crianças que sofriam aversões, que sofriam discriminação, ficaram depressivos, não queriam mais freqüentar a escola”, disse a parlamentar.

Pela proposta, as escolas municipais deverão incluir em seu projeto pedagógico medidas de conscientização, prevenção e combate ao Bullying escolar, além disso haverá também, conforme o referido projeto a capacitação de docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema, orientação às vítimas de Bullying, visando à recuperação de sua auto-estima para que não sofram prejuízos em seu desenvolvimento escolar.
Também haverá orientação aos agressores, por meio de pesquisa dos fatores desencadeadores de seu comportamento, sobre as conseqüências de seus atos, objetivando torná-los aptos ao convívio em uma sociedade pautada pelo respeito, igualdade, liberdade, justiça e solidariedade.

Entende-se por Bullying a prática de atos violência física ou psicológica, de modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduo ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima.

Bullying na escola - II

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullyingentre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.

As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos debullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.